quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Carnal-val


Mal passou as propagandas de Natal da televisão, de lojas vendendo e entrando em liquidação em seguida, mal passou as vinhetas de Ano Novo, prometendo sempre ser um novo dia, e que a alegria será de todos, que o futuro já começou e blá blá blá. E logo vieram as vinhetas de carnaval!

É só zapear em canais abertos que você ouvirá e verá a mesma ladainha de todos os anos.

Dê desfiles das escolas de samba à trios elétricos em Salvador. Afinal o que é esse tal Carnaval?

Eu lembro que aos meus oito anos eu apenas dançava as boas e velhas marchinhas no clube da cidade. E hoje mulheres desfilam semi-nuas (as vezes nuas mesmo), sem nenhuma cerimônia, como se seus corpos fossem "patrimônios" a serem venerados.

É feriado e as pessoas vão a praia para seguir o tal trio elétrico na avenida beira mar. Como se o destino dessa passeata foi tão importante. Enquanto isso vão bebendo, e de gole em gole já estão com "a cara cheia", com isso a timidez vai embora e da lugar a azaração e a paquera, em consequência o sexo sem comprimisso e claro também sem camisinha.

Então entra a TV mais uma vez, dessa vez para fazer campanha da concientização do uso da camisinha. Puro hipocrisia, pois foi ela mesma que ajudou a chegar onde esta.

Ao passar dos quatro dias o ser já bebeu, dançou e pegou quantas mulheres/homens ele(a)queria, e assim entrou mais um carnaval para a história da vida dele(a).

Apenas o que consigo ver hoje é a conotação sexual que tudo isso virou, uma lastima.

É colega, já se foi aqueles velhos tempos de marchinha.

Um comentário:

  1. É Rafa, o Carnaval nunca me atraiu.

    Sem hipocrisia de dizer que não soma em nada, pq o objetivo é pura diversão mesmo. Mas nem a diversão condigo enxergar na tal "maior festa do Brasil".

    Infelizmente é isso que exportamos de melhor. Melhor? É! Putz...estamos mal hein!

    Bjão!

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